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O que sinto agora?

Será o vento que sopra, a música que toca, o sol que arde e queima, os pés dormentes, as mãos que digitam... O que sente agora? O sangue que flui pelo corpo, as lágrimas que escorrem pelo peito, o coração que palpita fortemente enquanto respira profundamente... O que sente agora? É um misto de coisas que se fazem presentes nesse momento e que fica complicado digerir cada uma e/ou até mesmo todas de uma vez só. Quisera eu poder dizer que o lugar que é calmo, seja aquele que me trás calmaria. O que eu sinto agora são turbilhões de mudanças. Turbilhões de coisas boas, mas que levam um tempo para se organizarem. Que o que eu sinta agora, amanhã ou depois seja o necessário para aprender com o que possa estar por vir. Que o que eu sinta agora, amanhã ou depois seja o necessário para o descobrir de mim.

Menina bonita que perdeu o laço e se encontrou

Tem caminhos de sol, caminhos só, caminhos de chuva, caminhos de lágrimas, caminhos de terra, caminhos de pedras, há sempre caminhos. Certa vez, caminhava por uma estrada de terra uma linda menina que cantava assim: Sou o sol que brilha e toca em teu coração, sou a chuva que cai e molha o teu olhar, sou tua flor que exala o cheio da pureza. Vem brincar no teu jardim, vem ser o jardineiro de mim. E sorria ao vento que soprava e batia em seus cabelos fazendo com que eles esvoaçassem, soltando a fita que o prendia. A menina até que tentou, mas não conseguiu alcançar pra pegar a fita que o vento levou. Logo se ouvia um choro delicado. O que era música, agora era tristeza. Um jovem que passava por aquele caminho, ouvindo a menina chorar, perguntou: - Menina bonita, o que aconteceu, para que tenha tanta tristeza no rosto? E a menina começou a contar uma história. Certo dia, uma moça que passava por minha casa me deu uma fita. Ela disse que seria a coisa mais linda que já via e que iri

Meu eterno céu

Existe um céu lá fora que é azul claro, como os olhos da minha tia. Minha linda tia. Lembrar de você sempre me faz bem. Lembranças de alegria, de muitas risadas. São boas as lembranças que me embalam. O céu me lembra seus olhos e a alegria, você. Que saudade boa. Os olhos azuis da cor do céu Cabelo branco feito algodão Pele limpinha e enrugada Corpo franzino, divertida, amorzão Tem pessoas na vida que vem e passam pouco tempo, marcam nossos corações e se vão. De onde estiver, que possa estar bem e sã.

Lembranças

Tudo se torna longo quando se espera por alguém. Frio na barriga, pensamento solto, o que é que vem? Pensamento além, distante e sem fim. É como uma linha que desilinha e não tem fim. Tudo se vai, passa sem perceber. O sorriso fica pela metade, cadê você? Tão, tão distante assim. Sem toque, sem beijo, isso tem fim? A noite vai passando, o tempo passa, a moça passa. As horas passam, e como dizia o poeta, passarinho. Até a casa senti sua falta. Quem dirá eu.

Experiências - Parte 02 - Raiva e Pobreza

Era como que o sol queimasse a minha pele por inteiro. Resolvi ir à praia, pisar na areia, tomar um banho de mar e desopilar. Achei uma barraca bacana, bem bonita e aconchegante por sinal e fiquei por lá mesmo. Pedi água de coco e deitei em uma das cadeiras. Era fim de tarde e o dia tinha sido bem puxado e cheio de problemas para resolver, que demandaram de mim muita energia. Por um instante, os olhos pesaram e... Sonho... Acordei no meio de uma multidão. Atordoado com o barulho, tapei os ouvidos e tentei observar ao meu redor um lugar em que pudesse me recolher. Nada a minha visão achava e fiquei ali por um bom tempo. Era uma espécie de rua, estreita e com um fluxo de pessoas que passavam de um lado para o outro. Usavam roupas longas, as mulheres com lenços na cabeça e grandes cestos, os homens usavam algo parecido com um vestido e uns bonés, só que sem a aba na frente. As barracas eram de palha e madeira envelhecida, meio que inacabadas. As carroças eram arrastadas por alguns

Experiências - Parte 01 - Medo e Riqueza

Era como que o sol queimasse a retina dos meus olhos... Sentado no conforto da minha sala de estar, um vento fresco que vinha de fora, o toque macio do tecido do sofá, faziam com que meu corpo relaxasse. A claridade que invadia aquele lugar tocava meus olhos de tal forma que os faziam arder, despertando a necessidade de abrir e fechar por várias vezes ao ponto de me pegar no sono. Em sonho... Acordei debaixo de uma árvore frondosa à beira da estrada de terra de um lugar que não conseguia conhecer. Por um instante fique me perguntando se já havia estado ali. Mas não sei. Até que escutei um arrastado de folhas ao chão e um galopar de cascos que batiam fofos na terra meio que solta daquela estrada. Mesmo ainda distante acenei com a mão com o intuito de que parasse, pois minha preocupação naquele momento era saber onde estava. O medo começava a me tomar de conta conforme a pessoa se aproximava. Como se alguém fosse me fazer mal. Era um homem, franzino, de testa enrugada e queimada

O vento e eu

Vento que sopra Pensamento a levar Traz de volta o que é meu Sem pensar, leve ar Pensamentos que se vão Por algum lugar possa ficar Os que são de pesar Nem pense em voltar Vento camarada, amigo... Por ti vou esperar Quanto mais forte ventar Mais forte si tornará? Meu desejo de liberdade A ti me espelho Livre, solto, leve... Sereno me tornarei Espalharei pelos cantos E nas minhas cavernas entrarás Darás o sinal preciso E de lá eu sairei Para a vida que eu procuro Para a luz que meu coração quer Verdadeira, sentida, forte... De amor, caridade, fé...